domingo, 30 de novembro de 2008

Adaptação à reforma ortográfica

A partir de janeiro de 2009, o Brasil começa a implementar as modificações na língua portuguesa que foram definidas na reforma ortográfica. Para nós, brasileiros, essas mudanças devem afetar apenas 0,5% das palavras que escrevemos. Para os outros países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste), a mudança pode envolver até 1,6% das palavras.


Um dos efeitos dessa mudança no idioma é que vários programas de computador - como o Office, o BrOffice e os dicionários digitais, como o Aurélio e o Houaiss - também terão de se adaptar às novas regras de ortografia. Mas sem muita pressa. Em resposta à reportagem do IDG Now!, a maioria delas disse não ter um prazo definido para adequar seus produtos às novas normas.

Apenas o BrOffice (versão nacional do OpenOffice) conta com o corretor ortográfico atualizado.
Uma das explicações é que, apesar de a reforma começar a valer a partir do próximo dia primeiro de janeiro, as mudanças só serão obrigatórias no começo de 2013. Nos próximos quatro anos, as duas formas serão aceitas. (via idgnow.uol.com.br)

http://br-linux.org/2008/software-em-portugues-tem-adaptacao-lenta-a-reforma-ortografica-broffice-e-destaque/ Acesso em 30/11/2008

Violência nas escolas



Duas pesquisas mostram o que pais, professores e alunos pensam sobre a segurança.A maioria não se sente totalmente segura nas escolas, principalmente nas públicas.

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A violência nas escolas do Brasil preocupa cada vez mais alunos, pais e professores. Quem estuda nos colégios particulares é protegido por um esquema que inclui câmeras, crachás eletrônicos e vigias disfarçados. Nas escolas públicas, é a polícia que garante a segurança dos alunos, mas apenas do lado de fora. Só que as ameaças, há muito tempo, já ultrapassaram os muros. Medo ou vergonha? Protegida pela sombra, a professora esconde o rosto, mas não o cabelo queimado por um aluno. O caso aconteceu em uma escola de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Mas poderia ter ocorrido em qualquer sala de aula do país. As escolas nunca estiveram tão vulneráveis à violência. Duas pesquisas divulgadas recentemente mostram o que pais, professores e alunos pensam sobre a segurança.

A maioria não se sente totalmente segura nas escolas. Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo, de cada dez professores, oito viram ou ouviram histórias de violência nas escolas. Sete já presenciaram o envolvimento de alunos com o tráfico de drogas, e quatro entre dez professores já souberam de alunos armados.

Em outro estudo, feito pelo Ibope, as brigas entre alunos são o tipo de agressão mais comum. Em escolas particulares, a realidade é diferente daquela que se vê em escolas públicas. Um grande colégio na Zona Sul de São Paulo nunca registrou casos de violência. Segundo a direção, a vigilância inibe atitudes agressivas: há câmeras na porta do banheiro ou apontadas para o pátio; o crachá deve ficar pendurado no pescoço e ninguém entra ou sai sem passar pela catraca eletrônica. A escola também se armou para afastar a violência do lado de fora. Levantou o muro, instalou seis câmeras e contratou seguranças. Perto dali, também na Zona Sul da capital paulista, os alunos da Escola Municipal Levi Sodré sofrem com vandalismos, assaltos e com o tráfico de drogas. Os pais já cobraram providências, mas nada foi feito. “Sempre quando a gente vai na subprefeitura, eles alegam que não têm homens, não tem verbas. Eu me sinto ameaçada porque deixo as minhas filhas lá dentro. Eu levo elas e vou buscar, mas não sei se estão em segurança lá dentro”, diz uma mãe. Por mais de três anos, uma pesquisadora estudou o comportamento de educadores e de alunos das escolas públicas de São Paulo. A experiência virou livro.

A autora afirma que, apesar da descrença da sociedade, a escola ainda é um lugar seguro, mas não está isolada da comunidade. Cerca de 39% dos alunos entrevistados na pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores dizem que deixam de ir para a aula porque se sentem inseguros. E 29% dos professores afirmaram que pensam em deixar de lecionar por causa da violência.


Variação Linguística




A variação de uma língua é a forma pela qual ela difere de outras formas da linguagem sistemática e coerentemente. Uma nação apresenta diversos traços de identificação, e um deles é a língua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espaço, o nível cultural e a situação em que um indivíduo se manifesta verbalmente.


Conceito

Variedade é um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolingüística usam o termo leto, aparentemente um processo de criação de palavras para termos específicos, são exemplos dessas variações:
dialetos (variação diatópica?), isto é, variações faladas por comunidades geograficamente definidas.
idioma é um termo intermediário na distinção dialeto-linguagem e é usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condição em relação a esta distinção é irrelevante (sendo, portanto, um sinônimo para linguagem num sentido mais geral);
socioletos, isto é, variações faladas por comunidades socialmente definidas
linguagem padrão ou norma padrão, padronizada em função da comunicação pública e da educação
idioletos, isto é, uma variação particular a uma certa pessoa
registros (ou
diátipos), isto é, o vocabulário especializado e/ou a gramática de certas atividades ou profissões
etnoletos, para um grupo étnico
ecoletos, um idioleto adotado por uma casa
Variações como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distingüidos não apenas por seu vocabulários, mas também por diferenças na
gramática, na fonologia e na versificação. Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas línguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo é como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptação à fonologia básica da linguagem.
Certos registros profissionais, como o chamado legalês, mostram uma variação na gramática da linguagem padrão. Por exemplo, jornalistas ou advogados
ingleses freqüentemente usam modos gramaticais, como o modo subjuntivo, que não são mais usados com freqüência por outros falantes. Muitos registros são simplesmente um conjunto especializado de termos.
É uma questão de definição se
gíria e calão podem ser considerados como incluídos no conceito de variação ou de estilo. Coloquialismos e expressões idiomáticas geralmente são limitadas como variações do léxico, e de, portanto, estilo.

Espécies de Variação

Variação Histórica
Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma
variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivo. A forma antiga permanece ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem; porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia ou de significado.

Variação Geográfica

Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geográficas.

Variação Social

Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o sexo. A variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nível sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.

Variação Estilística

Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os receptores. Sem levar em conta as graduações intermediárias, é possível identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando há um mínimo de reflexão do indivíduo sobre as normas lingüísticas, utilizado nas conversações imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexão é máximo, utilizado em conversações que não são do dia-a-dia e cujo conteúdo é mais elaborado e complexo. Não se deve confundir o estilo formal e informal com língua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação.
As diferentes modalidades de variação lingüística não existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o
meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento do padrão de prestígio pode ser fator de mobilidade social para um indivíduo pertencente a uma classe menos favorecida.

Referência bibliográfica
CAMACHO, R. (1988). A variação lingüística. In: Subsídios à proposta curricular de Língua Portuguesa para o 1º e 2º graus. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, p. 29-41.


Sociolingüística
Dialeto
Socioleto
Idioleto
Calão
Gíria
Jargão